A situação levanta preocupações de saúde pública e levou a autarquia a suspeitar de sabotagem, aguardando-se agora os resultados das análises à água.
O problema teve origem num entupimento no coletor de esgotos domésticos na Praça Dr. Manuel Arriaga, que provocou o transbordo para a rede de águas pluviais, desaguando diretamente no mar.
Este é o terceiro episódio de poluição registado na praia este verão.
Na primeira ocorrência, em julho, 116 pessoas tiveram de ser assistidas em unidades de saúde com sintomas como náuseas, vómitos e diarreias, devido ao contacto com a água contaminada.
Desta vez, a bandeira vermelha foi hasteada prontamente para evitar novos casos.
O presidente da Câmara, Manuel Sequeira, admitiu a possibilidade de sabotagem, afirmando que "não é normal encontrarmos um embrulho tão bem feitinho de toalhas e panos de cozinha bem presos com um bom cordel".
O município já tinha apresentado queixa no Ministério Público após os incidentes anteriores para que as circunstâncias fossem investigadas.
Para além da suspeita de ação deliberada, a autarquia reconhece que a rede de saneamento, com cerca de 60 anos, tem falta de capacidade para responder ao aumento populacional durante o verão, problema que poderá ser agravado por ligações ilegais. A praia permanecerá interditada até que as análises à qualidade da água confirmem que é segura para os banhistas.













