A situação foi resolvida após análises confirmarem a qualidade da água, mas o problema recorrente expõe a fragilidade das infraestruturas de saneamento locais. A Capitania do Porto da Nazaré viu-se forçada a hastear a bandeira vermelha no passado domingo, 14 de setembro, interditando a praia a banhos na sequência de uma escorrência provocada pelo entupimento de uma conduta de saneamento. Este foi o terceiro incidente do género a afetar uma das praias mais icónicas do país durante a época balnear de 2025. A interdição foi levantada na quinta-feira, 18 de setembro, depois de o Laboratório de Saúde Pública de Leiria confirmar que as amostras de água recolhidas apresentavam “resultados dentro dos valores legais e recomendados para a prática balnear”.

A situação repete-se após dois episódios semelhantes em agosto, que levaram 116 pessoas a procurar assistência médica com sintomas relacionados com a contaminação da água.

Em resposta, o município da Nazaré apresentou queixa contra desconhecidos ao Ministério Público para que as causas das descargas sejam investigadas.

O presidente da Câmara, Manuel Sequeira, admitiu que as condutas de saneamento, com cerca de 60 anos, já não respondem adequadamente à pressão populacional, e apelou aos futuros candidatos autárquicos para que priorizem a sua substituição, uma obra estimada em cerca de dois milhões de euros.