A PSP classificou a situação como um "dia crítico", enquanto a ANA Aeroportos apontou falhas nos sistemas automáticos RAPID.
Desde o seu arranque, a 12 de outubro, o novo sistema eletrónico, que substitui os carimbos manuais por registos digitais, tem causado constrangimentos significativos.
O diretor nacional-adjunto da PSP e responsável pela Unidade Nacional de Estrangeiros e Fronteiras (UNEF), João Ribeiro, descreveu a situação de terça-feira como “o dia mais desafiante até à presente data pelo volume dos passageiros”, salientando que esperas superiores a 90 minutos constituem um “risco para os passageiros”, podendo levar à perda ou cancelamento de voos. A PSP atribuiu os atrasos ao maior tempo de processamento exigido pelo SES. Por sua vez, a ANA – Aeroportos de Portugal, gestora do aeroporto, defendeu que “o desafio técnico e de coordenação dessa evolução não pode, entretanto, deixar num segundo plano a necessidade para essas entidades de garantir aos passageiros um tempo máximo de espera”. A ANA apontou ainda que grande parte dos sistemas RAPID, de reconhecimento automático, “têm estado com problemas no seu funcionamento”. Perante os problemas reportados, a Comissão Europeia sugeriu a possibilidade de Portugal recorrer ao sistema antigo, com carimbos nos passaportes, como medida de contingência. O porta-voz para os Assuntos Internos, Markus Lammert, referiu que o novo sistema “inclui a possibilidade de voltar ao sistema [antigo] sempre que ocorrer algo que possa prejudicar o novo sistema”, lembrando que existe um período de transição de seis meses até abril de 2026.














