Um homem de 58 anos foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) como presumível autor de um incêndio florestal em Vilar Amargo, no concelho de Figueira de Castelo Rodrigo. O fogo, ateado com o objetivo de limpar terrenos e renovar pastos, ocorreu durante um período de risco de incêndio “muito elevado”, colocando em perigo uma vasta área florestal, agrícola e diversas habitações. A detenção foi efetuada fora de flagrante delito pelo Departamento de Investigação Criminal da Guarda, em colaboração com o Grupo de Trabalho para a Redução de Ignições em Espaço Rural. Segundo a PJ, o suspeito terá ateado o incêndio “com recurso a chama direta, em formações vegetais espontâneas de silvas”.
A ação criminosa colocou em perigo não só a mancha florestal, mas também “bens de valor elevado (armazéns e habitações)” na povoação de Vilar Amargo. As autoridades salientaram que o incêndio só não atingiu uma área maior devido à deteção atempada e ao combate imediato por parte de populares e do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais.
O detido será presente a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação adequadas, enquanto o inquérito prossegue sob a titularidade do Ministério Público da Guarda.
Em resumoA detenção do suspeito de um incêndio florestal em Figueira de Castelo Rodrigo sublinha os perigos associados ao uso indevido do fogo em meio rural, especialmente em condições meteorológicas adversas. A ação rápida de populares e bombeiros foi fundamental para evitar uma catástrofe maior, e o caso serve de alerta para a necessidade de fiscalização e responsabilização por práticas que colocam em risco pessoas, bens e o património natural.