As autoridades alemãs emitiram um alerta sobre a rápida propagação da gripe aviária no país, uma preocupação que se estende por toda a Europa em pleno período de migração de aves selvagens. Na Região Autónoma da Madeira, a deteção recente do vírus numa ave selvagem levou as associações ornitológicas locais a reforçarem as medidas de biossegurança, em linha com as recomendações das autoridades de saúde animal. O ministro da Agricultura alemão, Alois Rainer, alertou para um “aumento muito rápido das infeções” pelo vírus da Gripe Aviária de Alta Patogenicidade (GAAP) nas últimas duas semanas, afetando tanto o gado como as aves selvagens, com particular incidência nos grous.
A situação levou ao abate de milhares de animais em explorações avícolas. Em Portugal, foi registado um novo caso em Portimão, elevando para 29 o número de focos confirmados este ano.
Na Madeira, a Associação Ornitológica da Madeira (AOM) e o Clube de Criadores Ornitológicos da Madeira (CCOM) decidiram reforçar os protocolos de segurança após uma reunião com a Direção Regional de Veterinária e Bem-Estar Animal (DRV).
A medida visa proteger as aves de cativeiro e prevenir a disseminação do vírus, que representa uma ameaça significativa para o setor avícola e para a biodiversidade. Embora o risco para a população humana seja considerado baixo, as autoridades de saúde recomendam que se evite qualquer contacto com animais doentes ou mortos, uma vez que a transmissão a pessoas, embora rara, é possível.
O reforço da vigilância e das medidas preventivas é visto como crucial para conter a propagação da doença.
Em resumoA rápida disseminação da gripe aviária na Alemanha motivou um alerta governamental, enquanto na Madeira, a deteção do vírus numa ave selvagem levou as associações ornitológicas a intensificarem as medidas de biossegurança. A situação, que ocorre em plena época de migração de aves, sublinha a necessidade de vigilância para proteger tanto as explorações avícolas como a saúde pública.