Às 02h00 em Portugal continental e na Madeira, os relógios devem ser atrasados para a 01h00, enquanto nos Açores a mudança ocorre à 01h00, passando para as 00h00.

Embora a hora extra de sono seja bem-vinda por muitos, os especialistas alertam para as consequências da dessincronização do relógio biológico.

A psicóloga clínica Cátia Silva adverte que a transição, associada à diminuição da luz natural, pode contribuir para a depressão sazonal, cujos sintomas incluem humor deprimido, fadiga e alterações de sono e apetite.

A adaptação pode demorar vários dias, afetando particularmente crianças e idosos.

Para além dos impactos na saúde mental, a segurança rodoviária é outra área de preocupação.

Especialistas consideram a noite da mudança de hora como a “mais arriscada do ano para conduzir”. A redução da luminosidade ao final da tarde compromete a perceção visual, que é responsável por cerca de 90% da informação que o cérebro recebe ao volante.

O Automóvel Club de Portugal (ACP) tem alertado para o aumento do risco de acidentes, especialmente atropelamentos, nas semanas seguintes à alteração horária.

O debate sobre a abolição desta prática continua ativo na União Europeia, com o governo espanhol a propor o seu fim definitivo, mas a falta de consenso entre os Estados-membros tem adiado uma decisão final.