Os crimes contra o património e a violência doméstica são as ocorrências mais frequentes, com uma incidência proporcionalmente maior nos distritos do interior.

As estatísticas, baseadas nos registos das autoridades policiais, mostram que o número de crimes contra idosos passou de 33.469 em 2020 para 42.313 em 2024. A análise da tipologia dos crimes indica que os idosos são principalmente vítimas de crimes contra o património, que representam 67,5% do total.

Nesta categoria, destacam-se o furto em residência com arrombamento (2.645 casos em 2024) e a burla informática ou nas comunicações (2.409 casos).

Os crimes contra as pessoas constituem 28,6% das ocorrências, sendo os mais comuns a ofensa à integridade física voluntária simples (3.071 vítimas) e a violência doméstica contra cônjuge ou análogo (2.434 vítimas). O relatório evidencia também uma disparidade geográfica, com os distritos do interior Norte e Centro a registarem as maiores proporções de crimes contra idosos.

Bragança lidera com 25,18% das vítimas de crime a terem 65 ou mais anos, seguido de Vila Real (22,99%) e Guarda (22,72%).

Em contraste, os grandes centros urbanos como Lisboa (11,47%) e Porto (13,36%) apresentam as menores proporções, embora registem um maior número absoluto de casos.

Estes dados sublinham a necessidade de reforçar as políticas de proteção e segurança dirigidas a esta faixa da população, especialmente em regiões mais envelhecidas e isoladas.