Organizações internacionais alertam para a necessidade de medidas urgentes para proteger os trabalhadores do stress térmico.
De acordo com dados da Direção-Geral da Saúde (DGS), o país regista um excesso de mortalidade há 20 dias consecutivos, ultrapassando os 1.300 óbitos, sendo as temperaturas elevadas o fator predominante.
Relatórios do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) indicam que a mortalidade triplicou em comparação com o mesmo período do ano passado.
No plano económico, o impacto também é notório.
Relatórios da Organização Internacional do Trabalho (OIT) apontam que a produtividade desce entre 2% a 3% por cada grau Celsius acima dos 20°C.
A OIT estima que mais de 22 milhões de trabalhadores em todo o mundo sofrem lesões devido ao calor excessivo, um problema que afeta cerca de 2,4 mil milhões de pessoas globalmente.
Perante este cenário, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Meteorológica Mundial (OMM) lançaram um alerta conjunto, instando governos e empresas a adotarem medidas urgentes para combater o stress térmico no local de trabalho.
A situação em Portugal, agravada pela intensa onda de calor, evidencia a vulnerabilidade do país aos efeitos das alterações climáticas, com repercussões graves tanto na saúde da população como na sua capacidade produtiva.














