A declaração surge após uma reunião com autarcas em Trancoso para avaliar os danos dos recentes incêndios e definir medidas de emergência.
A governante sublinhou a gravidade da situação e o risco iminente para os recursos hídricos do país, afirmando: «Estão em causa os nossos principais rios, o Douro, o Mondego, os afluentes do Tejo e, portanto, temos que atuar muito rapidamente». A reunião com os autarcas da região teve como objetivo identificar as necessidades mais prementes e analisar o trabalho que já está a ser desenvolvido pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e pelo Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF).
O incêndio que atingiu o Parque Natural do Douro Internacional foi particularmente devastador, sendo descrito pela ministra como uma «catástrofe ao nível ambiental e paisagística».
Os autarcas locais reforçaram o apelo à celeridade na implementação de medidas de contenção.
A situação reacende o debate sobre a prevenção e a gestão florestal em Portugal, especialmente à luz das lições dos trágicos incêndios de 2017. O especialista Domingos Xavier Viegas, citado em várias reportagens, reconhece que houve mudanças desde então, mas aponta para a falta de investimento e de recursos adequados na prevenção como um problema persistente que continua a deixar o país vulnerável a incêndios de grande dimensão.














