A iniciativa conta com a participação de figuras portuguesas, como a deputada Mariana Mortágua, e gerou um debate sobre a obrigação de proteção por parte do Estado português. Considerada pela organização como a «maior missão de solidariedade da história», a flotilha é composta por cerca de 50 barcos e ativistas de 44 países, incluindo a atriz Sofia Aparício e o ativista Miguel Duarte, além da coordenadora do Bloco de Esquerda. A missão tem um objetivo duplo: entregar bens essenciais à população de Gaza e chamar a atenção internacional para o que os organizadores descrevem como um «genocídio».
A iniciativa recebeu mensagens de «agradecimento e esperança» dos autarcas de Belém e Ramallah.
Contudo, a participação portuguesa levantou uma questão diplomática sobre o papel do Estado.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, afirmou que o governo não tem a obrigação de proteger a flotilha, considerando-a uma iniciativa da sociedade civil. «Não vamos agora pôr a frota da Armada Portuguesa a acompanhar esta flotilha ou a desencadear uma guerra contra Israel», declarou, classificando o pedido como «inusitado».
Esta posição contrasta com a do governo espanhol, que garantiu que oferecerá «toda a proteção diplomática e consular» aos participantes.
A ex-líder do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, criticou o comunicado do MNE português como «infame».














