As propostas foram apresentadas no encerramento da Universidade de Verão do PSD e suscitaram reações imediatas da oposição. No seu discurso, Montenegro detalhou várias iniciativas, incluindo o financiamento de 133 mil casas previstas nas estratégias municipais, através de uma linha de crédito a ser assinada com o Banco Europeu de Investimento. Outra medida de relevo é a criação de um "BI dos imóveis", um identificador digital único para cada propriedade, e a obrigação de todas as entidades públicas declararem o património não utilizado e justificarem a sua inatividade, sob pena de o Estado poder ficar com os imóveis.

O primeiro-ministro prometeu "motivar o investimento privado, reduzir a burocracia, tomar medidas inovadoras no setor cooperativo", reconhecendo que a iniciativa privada por si só não é suficiente.

As reações da oposição não tardaram.

André Ventura, líder do Chega, considerou as medidas "absolutamente insuficientes", embora concordando com a redução da burocracia, e pediu um Orçamento do Estado para 2026 que reflita uma "mudança de espírito de política de habitação". A Iniciativa Liberal, pela voz de Mariana Leitão, pediu esclarecimentos sobre a quem se destinam e em que condições serão aplicadas as 133 mil habitações.

Já Paulo Raimundo, do PCP, acusou Montenegro de brindar o país com "promessas e ilusões".

O PS, através de José Luís Carneiro, optou por aguardar pela apresentação das medidas no Parlamento para uma reação mais detalhada.