A proposta inclui incentivos financeiros para quem aceitar abandonar o enclave.

Segundo as notícias, que citam o The Washington Post, o plano prevê que a Faixa de Gaza fique sob administração dos EUA durante um período de dez anos. Durante este tempo, o território seria reconstruído com o objetivo de se tornar um centro turístico e tecnológico. A parte mais polémica do plano é a proposta de "deslocação voluntária" dos cerca de dois milhões de residentes de Gaza.

Para incentivar a saída, seria criado um fundo que ofereceria a cada palestiniano que concordasse em deixar o território um pacote de benefícios. Este pacote incluiria cinco mil dólares em dinheiro, ajuda para pagar quatro anos de renda num novo local e um ano de alimentação.

A divulgação deste plano, desenvolvido por especialistas israelitas e norte-americanos, surge num contexto de contínua violência e crise humanitária na região, com Israel a manter as suas operações militares.

A proposta de deslocação em massa da população levanta sérias questões humanitárias e de direito internacional, sendo provável que enfrente forte oposição da liderança palestiniana e de grande parte da comunidade internacional, que defende o direito ao regresso dos palestinianos. A viabilidade e as implicações éticas de um plano que condiciona a reconstrução à saída da população local serão, sem dúvida, um ponto central de debate nos próximos tempos.