O evento destacou a reaproximação entre a China e a Índia e o contínuo apoio a Vladimir Putin.
A cimeira, realizada em Tianjin, foi marcada pela calorosa receção a Vladimir Putin, que foi recebido com "passadeira vermelha".
Este gesto simbólico reforça a aliança entre Moscovo e Pequim num momento de forte pressão ocidental sobre a Rússia.
Um dos desenvolvimentos mais significativos foi a aproximação entre a China e a Índia.
O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, visitou a China pela primeira vez em sete anos, e juntamente com Xi Jinping, prometeu que os dois países seriam "bons amigos" e parceiros, e não rivais, superando os conflitos fronteiriços. Foi anunciado o reatamento dos voos diretos entre os dois países, suspensos há cinco anos.
Esta reaproximação é vista por analistas como uma consequência da política norte-americana, nomeadamente a aplicação de tarifas comerciais que ameaçam a Índia.
Paulo Portas comentou que a política "deliberadamente isolacionista dos EUA" sob Trump contribuiu para "atirar a quarta economia do mundo... para os braços da segunda".
A comentadora Ana Miguel dos Santos notou que a Índia "tem vindo a ganhar com a guerra na Ucrânia", sendo um dos "principais compradores de petróleo russo", e que demonstra uma vontade de superar economicamente a China. A cimeira é vista por alguns como a formação de uma "espécie de aliança de autocratas" que vê a ordem mundial atual como imposta pelo poder americano e ocidental.














