Apesar do contratempo, a frota retomou a viagem, agora sob a ameaça direta do governo de Israel, que prometeu tratar os ativistas como "terroristas". A missão é composta por dezenas de embarcações e ativistas de vários países, incluindo figuras mediáticas como a ativista climática Greta Thunberg e a coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, uma das três portuguesas a bordo. Poucas horas após a partida inicial, as condições meteorológicas adversas levaram os capitães a tomar a decisão de regressar ao porto por razões de segurança.

No dia seguinte, com a melhoria do tempo, a flotilha zarpou novamente, determinada a cumprir o seu objetivo.

A resposta de Israel foi imediata e dura.

O ministro da Segurança Interna, Itamar Ben-Gvir, declarou que todos os participantes seriam detidos à chegada e que as embarcações seriam confiscadas para uso da polícia marítima israelita. Esta ameaça eleva significativamente a tensão em torno da missão, que os organizadores, como a Avaaz, insistem ter um caráter estritamente humanitário e "não político", contrariando as insinuações de Israel.

A viagem até Gaza deverá demorar cerca de 15 dias, durante os quais a atenção internacional estará focada no desfecho desta iniciativa de alto risco.