Este processo é visto como um momento crucial para a democracia brasileira, com o presidente do STF a apelar para que o julgamento decorra "sem interferências".
As acusações centram-se num alegado plano para anular o resultado das eleições presidenciais de 2022 e manter Bolsonaro no poder de forma ilegítima, culminando nos ataques de 8 de janeiro de 2023 às sedes dos três poderes em Brasília. Se condenados, os réus enfrentam penas que podem ultrapassar os 40 anos de prisão.
O ambiente em torno do julgamento é de alta tensão, com as autoridades a reforçarem a segurança na capital para prevenir eventuais manifestações.
O presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, fez um apelo público à serenidade, sublinhando a importância de um processo judicial isento de pressões políticas, "venha de onde vier". A defesa de Bolsonaro insiste na sua inocência.
No entanto, o caso tem ramificações internacionais, com o seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, a sugerir que uma condenação poderia levar a sanções por parte dos Estados Unidos, especialmente no caso de uma vitória de Donald Trump. Analistas políticos e jurídicos debatem a possibilidade de uma fuga do ex-presidente, considerando-a uma "preocupação não descabida" dado o seu histórico de confronto com as instituições judiciais.









