O valor máximo anual passará de 697 para 710 euros, um aumento de 13 euros, com futuras atualizações a serem baseadas na taxa de inflação.

A decisão foi comunicada pelo Ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, que a justificou como uma medida necessária, argumentando que continuar a reduzir as propinas seria "regressivo", pois significaria "colocar a sociedade a pagar o ensino dos que tiveram o privilégio de o frequentar".

A medida gerou uma onda de críticas imediatas por parte de associações de estudantes e do Partido Socialista. A Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH) da Universidade Nova de Lisboa prometeu "dar resposta nas ruas", considerando o aumento mais um entrave ao acesso ao Ensino Superior.

O PS classificou a decisão como um "retrocesso" que vai contra as "boas práticas" de apoio aos jovens. Em paralelo, o ministro anunciou um reforço da ação social e esclareceu que os jovens terão de optar entre o benefício do IRS Jovem e a devolução das propinas (prémio salarial), uma medida que também gerou debate. A controvérsia surge numa altura em que estudos revelam que o valor real das bolsas de estudo tem diminuído e cobre apenas uma pequena parte das despesas dos estudantes, especialmente os deslocados.