O acidente, que ocorreu ao final da tarde de quarta-feira, chocou o país e gerou uma onda de consternação nacional e internacional.

O incidente aconteceu por volta das 18:04, quando uma das carruagens que descia a Calçada da Glória descarrilou e embateu violentamente contra um prédio, desfazendo-se e encarcerando os passageiros.

As primeiras informações apontam para a quebra de um cabo de segurança como a causa provável da catástrofe.

A Carris, empresa responsável pela operação, garantiu em comunicado que "foram realizados e respeitados todos os protocolos de manutenção", afirmando que a última inspeção geral ocorreu em 2022 e uma intercalar em 2024.

No entanto, dirigentes sindicais da Fectrans revelaram a existência de "queixas sucessivas" por parte dos trabalhadores sobre a manutenção dos ascensores, concessionada a uma empresa externa, nomeadamente sobre a "tensão do cabo de sustentação deste elevador".

O Ministério Público instaurou de imediato um inquérito para apurar as causas do acidente.

Em resposta à tragédia, o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, declarou que a cidade "está de luto", decretou três dias de luto municipal e ordenou a suspensão imediata da circulação dos elevadores da Bica, Lavra e do funicular da Graça. O Governo português decretou um dia de luto nacional. A tragédia mobilizou uma vasta operação de socorro e suscitou reações de pesar de várias figuras políticas nacionais e líderes internacionais, como Ursula von der Leyen, Roberta Metsola e Volodymyr Zelensky.