A sessão foi marcada por argumentos técnicos e narrativas contraditórias, com um dos advogados a admitir a existência de um plano golpista.
Durante o segundo dia de julgamento, a defesa de Jair Bolsonaro, liderada pelo advogado Celso Vilardi, alegou não haver "uma única prova" que ligue o ex-presidente a qualquer tentativa de golpe, afirmando que o arguido delator "mentiu". No entanto, num momento paradoxal, o advogado de Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, admitiu a existência de um plano para uma "medida de exceção", mas afirmou que o seu cliente tentou "demover" Bolsonaro de avançar com o mesmo. As defesas dos restantes arguidos, incluindo militares de alta patente, focaram-se em argumentos técnicos e procuraram distanciar os seus clientes da trama, criando uma narrativa de "cada um por si".
A acusação sustenta que o grupo discutiu e elaborou medidas para impedir a posse do atual presidente, Lula da Silva.
O julgamento, que pela primeira vez na história do Brasil coloca um ex-presidente e militares a serem julgados por um tribunal civil por crimes contra o Estado de Direito, continua a gerar grande expectativa, embora parte da sociedade brasileira pareça alheia aos acontecimentos em Brasília.














