Os protestos, motivados pelo conflito na Faixa de Gaza, intensificaram-se ao longo do percurso, com uma forte presença de bandeiras palestinianas na zona de chegada em Bilbau. A situação tornou-se crítica quando manifestantes procuraram empurrar as barreiras de proteção, criando momentos de pânico e colocando em risco a segurança dos ciclistas e do público.

Perante este cenário, a organização decidiu contabilizar os tempos a três quilómetros da meta, anulando a disputa pela vitória na etapa.

A decisão afetou a classificação geral, com o ciclista português João Almeida a perder tempo para o camisola vermelha, Jonas Vingegaard, embora tenha subido para o segundo lugar da geral.

A polémica em torno da equipa Israel-Premier Tech tem vindo a escalar, com o diretor da Vuelta, Kiko Garcia, a afirmar que a sua presença "não facilita a segurança" e a convidar a equipa a abandonar a prova, declarando que "só há uma solução e todos sabemos qual é". A equipa, por sua vez, já anunciou que vai continuar em competição, argumentando que "qualquer outra alternativa abriria um precedente perigoso no ciclismo".

A UCI (União Ciclista Internacional) emitiu um comunicado recordando a neutralidade política das organizações desportivas, mas sem tomar qualquer ação concreta.