O valor máximo da propina, fixado em 697 euros desde 2020, deverá ser atualizado.

O ministro argumentou que limitar as propinas significa que "aquilo que financiará uma instituição de excelência é o quê?

São os impostos dos portugueses?".

Segundo Fernando Alexandre, "se reduzirmos as propinas, estamos a colocar toda a sociedade a pagar o ensino daqueles que tiveram o privilégio de frequentar o Ensino Superior, e isso é altamente regressivo".

O objetivo é que as universidades "dependam cada vez menos" do Estado para poderem competir a nível internacional.

A medida foi recebida com forte oposição.

A Associação Académica da Universidade de Lisboa (AAUL) repudiou a intenção, considerando que representa um corte no "maior elevador social que o país conheceu".

O Conselho Nacional de Juventude (CNJ) alertou que o aumento "não se justifica" e prejudica o acesso à educação. Na esfera política, o Bloco de Esquerda classificou a medida como um "ajuste de contas" e anunciou que irá apresentar uma proposta no Orçamento do Estado para travar o aumento.

O PCP também se manifestou contra, considerando-o um "retrocesso" e solicitou uma audição urgente com o ministro no parlamento.