Durante a oitava sessão, Sócrates refutou as acusações de favorecimento ao Grupo Lena e ao seu amigo Armando Vara, questionando: "É pecado ser amigo de Armando Vara?". Confrontado pelo procurador sobre os negócios de construção de casas na Venezuela e alegados benefícios ao Grupo Lena, o ex-primeiro-ministro irritou-se, afirmando: "Não meti dinheiro ao bolso, não confunda os meus bolsos".
Sócrates reiterou que não teve qualquer intervenção na escolha do grupo para o projeto venezuelano. A sessão também abordou a sua relação com o ex-banqueiro Ricardo Salgado, com o Ministério Público a tentar provar que Sócrates possuía contactos telefónicos do então líder do GES, algo que o arguido negou.
O tribunal, sob a liderança da juíza Susana Seca, continua a seguir a estrutura da acusação, abordando o processo por blocos temáticos.
Depois dos temas do TGV e dos negócios na Venezuela, o foco virou-se para Vale do Lobo, um dos dossiês centrais da acusação, que alega que Sócrates recebeu luvas para beneficiar o empreendimento.
A próxima sessão, agendada para 9 de setembro, continuará com o interrogatório a José Sócrates.









