O suspeito, que já estava a ser vigiado pelas autoridades por suspeitas de outros crimes semelhantes, ficou sujeito a medidas de coação que incluem apresentações diárias e a proibição de frequentar zonas de mato.

A detenção gerou constrangimento no Chega, um partido que tem defendido publicamente penas mais severas para incendiários, equiparando-os a terroristas.

André Ventura reagiu prontamente, classificando o mandatário como "bandido" e anunciando que já tinha pedido a sua expulsão do partido. "Merece ser preso por muitos anos", afirmou Ventura, sublinhando que não tem "dois pesos, nem duas medidas" e que o que diferencia o seu partido dos outros é a forma como responde a estes casos.

O deputado do PS, Bruno Gonçalves, comentou o caso afirmando que há uma "predisposição natural" de representantes do Chega a "cometerem mais delitos", citando outros casos de crimes relacionados com militantes do partido. Em contraste, Rui Paulo Sousa, do Chega, defendeu que "nunca houve este escrutínio" para saber as filiações partidárias de outros incendiários. Marco Silva, de 40 anos, foi presente a tribunal e ficou em liberdade, mas com a obrigação de se apresentar diariamente às autoridades, proibição de contactar outros intervenientes no processo, de frequentar zonas de mato e de comprar combustível.