A publicação das imagens, que coincide com os 700 dias desde o início do conflito, foi prontamente classificada pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, como "propaganda cruel". No vídeo, com mais de três minutos, um dos reféns é visto a viajar num carro por entre edifícios destruídos, apelando a Netanyahu para que não avance com a ofensiva militar em grande escala contra a cidade de Gaza, que Israel considera ser um reduto do Hamas. "Só queremos que isto acabe", diz um dos cativos nas imagens.
A resposta do governo israelita foi firme, com Netanyahu a garantir que este tipo de propaganda não irá demover Israel de continuar a guerra até à eliminação do Hamas e à libertação de todos os reféns. A divulgação do vídeo ocorre num momento em que Israel intensifica a sua ofensiva militar na Cidade de Gaza, afirmando já controlar 40% da área.
Paralelamente, a situação humanitária no enclave continua a agravar-se.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou um apelo a Israel para que ponha fim à "catástrofe alimentar" em Gaza, alertando que a fome "não tornará Israel mais seguro nem facilitará a libertação de reféns".
Segundo a OMS, pelo menos 370 pessoas já morreram de fome desde o início da guerra. A pressão internacional aumenta, com especialistas da ONU a pedirem uma reunião de emergência da Assembleia-Geral para pressionar Israel a cessar o que consideram ser um "genocídio e fome deliberada em Gaza".














