Os socialistas afirmam que o executivo terá de escolher entre uma discussão responsável com o PS ou uma aliança com a extrema-direita do Chega. Após uma reunião de mais de duas horas com ministros do Governo para discutir as linhas gerais do Orçamento do Estado para 2026 e outras matérias, o líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, criticou as opções do Governo nestas áreas, considerando-as "erradas, inconstitucionais, com uma aliança com a extrema-direita".
Apesar das críticas, o PS abre a porta ao diálogo, mas impõe condições.
Do lado do Governo, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Carlos Abreu Amorim, elogiou a postura socialista na reunião, que considerou construtiva, e expressou esperança de que a "seriedade e lucidez democrática" do PS se mantenha e permita a viabilização do Orçamento. No entanto, avisou que o Governo não se afastará dos seus objetivos essenciais para resolver "um problema que herdou" na questão da imigração.
Relativamente ao Orçamento, o PS mostrou-se desiludido com as projeções de crescimento económico apresentadas, afirmando que estão "claramente aquém" das promessas eleitorais da AD. Apesar das divergências, ambas as partes admitiram a possibilidade de um caminho conjunto, com o PS a aguardar para ver a proposta final do Orçamento.














