As suas posições, contudo, divergiram quanto ao momento e à forma de responsabilização política.

Henrique Gouveia e Melo, que se apresentou como o único candidato “suprapartidário”, defendeu a necessidade de “responsabilização”, mas recusou fazer uma “caça às bruxas”, afirmando que não pediria a demissão de Carlos Moedas nesta fase e que era importante que o inquérito não se “prolongasse eternamente”. O almirante considerou ser uma vantagem não ser um “político tradicional” e “jurou” que não fundará nem apoiará nenhum partido no futuro. Por sua vez, João Cotrim de Figueiredo foi mais incisivo, defendendo que devem ser retiradas consequências e que o vereador responsável pela Carris, Anacoreta Correia, “tem obviamente que ser afastado” caso se demonstre que as falhas técnicas resultaram de decisões políticas. O antigo líder da Iniciativa Liberal defendeu ainda um reforço dos poderes presidenciais, sugerindo que o “PR devia ter vetos que não fossem ultrapassáveis pela AR” e que a Constituição devia ser revista para se tornar “mais sucinta” e “menos interventiva”.