Vários potenciais candidatos às eleições presidenciais aproveitaram o fim de semana para delinear as suas estratégias e marcar diferenças entre si, bem como em relação ao atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. No Campus da Liberdade, em Peniche, foram notórias as distintas abordagens de Luís Marques Mendes, António José Seguro, Gouveia e Melo e João Cotrim de Figueiredo. Luís Marques Mendes defendeu a necessidade de um Presidente com “experiência política” e “independência”, apontando uma falta de experiência a Gouveia e Melo, cuja eleição considerou um “perigo para a democracia”. Mendes distanciou-se de Marcelo, criticando o comentário do atual PR sobre Donald Trump e prometendo um estilo mais contido. António José Seguro, por sua vez, defendeu um papel mais proativo do Presidente na promoção de “consensos” para acabar com a “cultura de trincheira”.
Considerou ter as “características necessárias” para fomentar compromissos e afirmou que uma revisão constitucional não é uma prioridade. João Cotrim de Figueiredo, antigo líder da Iniciativa Liberal, não se colocou fora de uma eventual segunda volta, acreditando ter tempo para convencer um eleitorado mais abrangente. Gouveia e Melo, por seu lado, focou-se na necessidade de um presidente suprapartidário.
Estas movimentações indicam um campo presidencial cada vez mais definido, com os candidatos a tentarem ocupar espaços políticos distintos e a responderem à perceção pública do mandato de Marcelo Rebelo de Sousa.
Em resumoA corrida a Belém intensifica-se com vários candidatos a apresentarem as suas visões para a Presidência, marcando diferenças claras entre si e distanciando-se do estilo do atual presidente. As discussões centraram-se na necessidade de experiência política, na promoção de consensos e no papel constitucional do Chefe de Estado, antecipando uma campanha eleitoral disputada.