A ação gerou condenação internacional generalizada e levanta sérias questões sobre o futuro das negociações de paz na região.

O ataque, que Israel justificou como uma resposta a um atentado em Jerusalém, foi dirigido a altos dirigentes do Hamas que se encontravam em Doha.

Embora o grupo palestiniano tenha confirmado a morte de cinco dos seus membros, o principal alvo da operação, o negociador Khalil Al-Hayya, terá escapado.

A operação militar israelita foi recebida com uma vaga de repúdio global.

O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, classificou a ação como uma “flagrante violação da soberania e da integridade territorial” do Catar.

A União Europeia e o Governo português também condenaram o ataque, sublinhando que este viola o direito internacional e aumenta o risco de uma escalada de violência no Médio Oriente.

A Casa Branca admitiu ter tido conhecimento prévio da operação, embora tenha expressado “desconforto” com a mesma, uma alegação que o Catar veio a negar, afirmando ter sido informado apenas após o início do bombardeamento.

Este incidente coloca em causa o papel do Catar como principal mediador no conflito, com analistas a preverem um retrocesso significativo nos esforços diplomáticos.

Em Portugal, a coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, interpretou o ataque como uma estratégia de Israel para “desviar as atenções” da situação em Gaza e da flotilha humanitária.