A nomeação surge num momento de instabilidade política e procura dar um novo fôlego ao governo.

A mudança no executivo francês foi precipitada pela queda do governo de François Bayrou, que não sobreviveu a uma moção de confiança no parlamento.

Para o seu lugar, Macron escolheu Sébastien Lecornu, até então ministro da Defesa e considerado um dos seus aliados mais próximos.

Lecornu tem um percurso político invulgar, tendo transitado de uma ponderação pela vida monástica para a política ativa, onde se destacou pela sua habilidade e discrição.

Ocupou diversos cargos ministeriais nos últimos governos, o que lhe conferiu uma vasta experiência governativa.

No entanto, a sua nomeação foi recebida com ceticismo e críticas tanto pela extrema-esquerda como pela extrema-direita, que veem nesta escolha uma continuação das políticas de Macron.

Analistas, como Paulo Sande, expressam dúvidas sobre a capacidade de Lecornu para superar a instabilidade política que assola o país.

Um dos maiores desafios do novo primeiro-ministro será a aprovação do Orçamento de Estado, uma tarefa que se afigura complexa num parlamento fragmentado e sem uma maioria clara que apoie o governo.