A sua entrada na corrida a Belém visa dar voz a um eleitorado que, segundo afirma, "não tem em quem votar" e colocar a "vida concreta das pessoas" no centro do debate.

Catarina Martins formalizou a sua candidatura através de uma mensagem aos militantes do Bloco de Esquerda, afirmando que avança para "cuidar da democracia, da liberdade, da igualdade, dos bens comuns e da paz". Em declarações posteriores, sublinhou que, apesar de ter "muito orgulho" no partido que sempre representou, esta é uma "candidatura pessoal" que pretende ser "um espaço alargado" de encontro.

O seu objetivo é "juntar forças para devolver a confiança da democracia" e combater "a voz da selvajaria".

A candidata espera que a sua campanha contribua para que se perceba a necessidade de "ouvir o país e dar-lhe resposta". Ao apresentar-se como uma "novidade" no panorama presidencial, Catarina Martins procura demarcar-se dos restantes candidatos, propondo-se a ser uma voz para aqueles que se sentem desrepresentados no atual espectro político e a focar o debate nas questões sociais e económicas que afetam diretamente os cidadãos. A sua candidatura pretende colocar no centro da discussão temas como os serviços públicos, os salários e as condições de vida, em oposição ao que considera ser um debate político distante das preocupações reais da população.