A acusação baseou-se numa tradução incorreta do nome do evento, "Bürgerfest", que significa "Festa dos Cidadãos" e não tem qualquer relação com gastronomia.

A controvérsia surgiu depois de o Chega ter votado contra a deslocação oficial do Presidente a Berlim.

Ventura publicou vídeos e mensagens nas redes sociais onde criticava veementemente a viagem, referindo-se ao suposto festival.

Após o erro ter sido amplamente divulgado, o líder do Chega apagou as publicações e admitiu ter cometido um "lapso", justificando-o com o elevado número de viagens presidenciais.

No entanto, recusou apresentar um pedido de desculpas, afirmando que é o Presidente que "devia pedir desculpa a nós por andar a viajar à custa dos nosso impostos".

A gafe motivou reações de várias figuras políticas.

Hugo Soares, do PSD, acusou Ventura de fazer da mentira um comportamento padrão, descrevendo a situação como "ridícula". O ex-ministro Fernando Medina acusou o líder do Chega de mentir para atingir o Presidente da República e "cavalgar o populismo".

O próprio Marcelo Rebelo de Sousa, já em Berlim, recusou comentar diretamente o caso, afirmando que no estrangeiro só fala de "coisas boas".