O descarrilamento do Elevador da Glória, que resultou na morte de 16 pessoas, colocou o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, no centro de uma intensa crise política e levantou um sério debate sobre a segurança e manutenção dos transportes históricos da capital. Em resposta à tragédia, a autarquia anunciou a criação de uma equipa de missão para desenvolver um novo sistema tecnológico para o ascensor. As investigações preliminares, conduzidas por especialistas do Instituto Superior Técnico, apontam como causa provável a escolha de um cabo com "núcleo de corda de plástico" e a possível presença de óleo na calha, que pode ter comprometido os travões. A gestão da crise por parte de Carlos Moedas tem sido alvo de fortes críticas, especialmente após uma entrevista em que comparou a situação à tragédia da ponte de Entre-os-Rios, acusando falsamente o ex-ministro Jorge Coelho de ter conhecimento prévio dos problemas da ponte.
Esta declaração foi classificada como "falsa e grave" por figuras do PS.
Moedas reiterou estar de "consciência tranquila" e que não se demitirá, mas a oposição, incluindo o PS e o PCP, acusa-o de "passa-culpas". A Câmara de Lisboa prometeu lutar "até ao fim da vida por respostas" e anunciou a constituição de uma equipa com peritos do LNEC, Ordem dos Engenheiros e IST para conceber um novo elevador, além de ter disponibilizado um transporte alternativo para a zona afetada.
Em resumoO acidente fatal com o Elevador da Glória desencadeou uma crise política para Carlos Moedas, criticado pela sua gestão e declarações. As investigações apontam para falhas técnicas, enquanto a autarquia promete um novo sistema de segurança e já providenciou transporte alternativo.