A decisão foi comunicada através de uma nota enviada à agência Lusa, na qual Moreira explica as suas razões de índole pessoal e política.

Moreira, que em julho tinha admitido ponderar uma candidatura, concluiu que não deveria avançar.

Na sua justificação, o autarca do Porto destacou a sua preocupação com a fragmentação do eleitorado de centro. Segundo ele, o centro político já apresenta "um número grande de candidatos, o que favorece a dispersão do voto e facilita o eventual sucesso das candidaturas anti-sistema". Acrescentou ainda que uma eventual candidatura sua poderia "fraturar o centro e centro direita". Outro fator mencionado foi a perceção de que a sua candidatura "não suscitou entusiasmo" junto das "elites".

Esta decisão de Rui Moreira altera significativamente o panorama para as eleições presidenciais de janeiro, clarificando o campo dos potenciais candidatos e eliminando um nome que era visto como uma forte possibilidade para agregar o voto moderado e independente, especialmente no centro-direita.