O número exato de vítimas mortais nunca foi determinado, com estimativas a apontarem para cerca de 150 mortos.

A violência do impacto e o incêndio que se seguiu carbonizaram muitas das vítimas, tornando a sua identificação impossível e deixando muitas famílias sem poderem recuperar os corpos dos seus entes queridos, que até hoje são considerados desaparecidos.

Sobreviventes e bombeiros que estiveram no local recordam um "filme de terror" e um cenário "aterrador", com o cheiro a corpos queimados a marcar indelevelmente a sua memória.

A causa do desastre foi atribuída a erro humano, mas a efeméride levanta novamente questões sobre a segurança ferroviária.

Quarenta anos depois, o sistema de comunicação telefónica entre estações, que permitiu a ocorrência do erro, ainda está em uso em algumas linhas secundárias do país, o que, segundo especialistas, representa um risco, embora não seja considerado "intolerável".

A tragédia de Alcafache alterou procedimentos na ferrovia nacional, mas o seu aniversário serve como um doloroso lembrete das suas consequências e da importância da segurança nos transportes públicos.