O crime, que abalou os Estados Unidos, ganha contornos políticos com a descoberta de mensagens antifascistas nas munições utilizadas.

Tyler Robinson, estudante de engenharia elétrica sem cadastro, foi identificado e detido após uma denúncia de um familiar.

A captura, anunciada pelo Presidente Donald Trump e confirmada pelo governador do Utah, Spencer Cox, culminou uma intensa busca de 33 horas.

Durante uma conferência de imprensa, as autoridades revelaram detalhes que sugerem uma forte motivação política para o crime.

Nos cartuchos das munições encontradas no local e no carregador da arma, estavam inscritas mensagens como: “Ei, fascista!

Toma lá!”, “Se consegues ler isto, és ‘gay’, hahaha!” e uma referência à canção da resistência italiana “O bella ciao, bella ciao, bella ciao, ciao, ciao”.

O governador Cox declarou de forma inequívoca: “Senhoras e senhoras, apanhámo-lo”.

A reação política foi imediata e polarizada.

Donald Trump, aliado próximo de Kirk, exigiu a pena de morte para o suspeito e anunciou que irá atribuir postumamente a Medalha Presidencial da Liberdade ao ativista. Analistas consideram a reação de Trump "preocupante", por já ter decidido "quem é o culpado desta violência", contrastando com o seu silêncio sobre "episódios de violência de direita". O assassinato de Kirk, conhecido pelas suas posições de extrema-direita e pela defesa do direito ao porte de armas, intensifica o debate sobre a violência política e a profunda divisão na sociedade norte-americana, com o risco de Kirk se tornar um "mártir perfeito da direita", aumentando o risco de repressão e retaliação.