Especialistas do Instituto Superior Técnico, citados pela imprensa, acreditam que a mudança do material do cabo pode ter sido um fator crucial para a tragédia que vitimou 16 pessoas. O cabo original, inteiramente de aço, foi substituído em 2019 por um novo modelo com um núcleo de fibra (plástico), mas a peça que o fixa à cabine não terá sido adaptada para este novo material.
Esta incompatibilidade poderá ter levado à deformação e enfraquecimento progressivo do cabo ao longo do tempo, culminando na sua rutura.
O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, reagiu à notícia pedindo que "não se tirem conclusões precipitadas" e que se aguarde pelo resultado da investigação externa que ele próprio solicitou. No entanto, o autarca fez questão de sublinhar o contexto temporal da alteração: "Os dados novos têm a ver com uma mudança de cabo há 6 anos, e isso mostra a importância da investigação, que tem de olhar para a linha do tempo", apontando indiretamente para a responsabilidade da anterior administração da Carris, sob a presidência de Fernando Medina. Enquanto as investigações prosseguem, foi anunciado que o ferido alemão que se encontrava em estado grave foi transferido para um hospital no seu país de origem.
Em resposta à paragem dos ascensores, a Carris anunciou percursos alternativos com miniautocarros elétricos.














