Os incidentes ocorreram no contexto de exercícios militares conjuntos entre a Rússia e a Bielorrússia, aumentando a instabilidade na região do Mar Negro e no flanco leste da NATO. Na quarta-feira, a Polónia abateu 19 drones russos que entraram no seu território a partir da Bielorrússia, levando Varsóvia a ameaçar invocar o Artigo 4.º do Tratado da NATO, que prevê consultas entre aliados perante uma ameaça à integridade territorial.
Posteriormente, um drone russo violou o espaço aéreo romeno durante cerca de 50 minutos antes de regressar à Ucrânia, levando Bucareste a convocar o embaixador russo para expressar um protesto formal e a condenar as “ações irresponsáveis da Rússia”.
Analistas consideram estas ações como calculadas.
Paulo Portas comentou que “Putin sentiu terra mole e avançou”, sugerindo que Moscovo está a medir a coesão e a vontade de resposta da Aliança. O major-general Agostinho Costa e outros especialistas sublinharam que “a forma como se combate na linha da frente na Ucrânia é completamente diferente daquilo para que estávamos treinados”, indicando uma nova fase de guerra híbrida.
A resposta da NATO tem sido de condenação verbal, mas a repetição destes incidentes coloca uma pressão crescente sobre a Aliança para demonstrar a sua credibilidade defensiva.









