A camada de ozono, que protege a Terra da radiação ultravioleta nociva, está a recuperar de forma consistente e deverá estar totalmente restabelecida até 2066, segundo as mais recentes previsões da Organização Meteorológica Mundial (OMM), uma agência das Nações Unidas. A recuperação é um testemunho do sucesso do Protocolo de Montreal de 1987, um acordo internacional que visou eliminar gradualmente a produção e o consumo de substâncias que destroem o ozono, como os clorofluorocarbonetos (CFC). A OMM informou que a recuperação continuou em 2024, com o buraco sobre a Antártida a apresentar-se mais pequeno do que nos últimos anos.
O défice de massa de ozono registado a 29 de setembro sobre o Polo Sul foi inferior à média do período entre 1990 e 2020 e também aos valores de 2020 e 2023. As projeções indicam um regresso aos níveis de ozono de 1980, antes da formação do buraco, em diferentes fases ao redor do globo. Prevê-se que a recuperação ocorra por volta de 2040 no resto do mundo, um pouco mais tarde no Ártico (cerca de 2045) e, finalmente, sobre a Antártida, a zona mais afetada, até 2066.
Este progresso é considerado um dos maiores sucessos ambientais da história da humanidade, demonstrando que a ação global concertada pode reverter danos ambientais significativos.
A contínua monitorização e o cumprimento do protocolo permanecem cruciais para garantir que esta tendência positiva se mantenha.
Em resumoAs notícias sobre a camada de ozono são um raro exemplo de sucesso ambiental global. Graças a décadas de cooperação internacional, a camada protetora da Terra está a caminho da recuperação total, com previsões otimistas da ONU que apontam para um restabelecimento completo nas próximas quatro décadas.