A decisão, conhecida esta segunda-feira, encerra uma das vertentes mais sensíveis do processo que levou à queda do anterior governo. Em causa estava a apreensão de uma 'pen-drive' no cofre do gabinete de Vítor Escária, na altura chefe de gabinete do primeiro-ministro. O dispositivo continha uma lista de agentes dos serviços de informação portugueses, bem como dados da Segurança Social de diversas entidades e pessoas com funções públicas. A investigação do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) procurou determinar se tinha ocorrido um crime de violação de segredo de Estado, investigando possíveis casos de corrupção, prevaricação e tráfico de influências.
No entanto, os procuradores concluíram que “não foram recolhidos indícios de que qualquer dos arguidos ou outra pessoa tenham acedido à pen-drive”. A investigação foi mais longe, afirmando que “muito menos que tivessem conhecimento do seu conteúdo”.
O então primeiro-ministro, António Costa, foi ouvido no âmbito deste inquérito na qualidade de testemunha. O arquivamento deste inquérito específico não significa o fim da “Operação Influencer”, que continua a investigar outras suspeitas de crimes em negócios relacionados com lítio, hidrogénio e um centro de dados em Sines, mas encerra o capítulo relacionado com a potencial divulgação de informações classificadas dos serviços de segurança do Estado.














