A associação de vítimas de abusos sexuais na Igreja Católica, Coração Silenciado, convocou um protesto para o dia 27 de setembro, junto às escadarias da Assembleia da República. A manifestação visa denunciar a inação do Governo e dos deputados, bem como a "falta de transparência e atraso" por parte da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) no processo de atribuição de compensações financeiras às vítimas. Este protesto surge num contexto de crescente frustração por parte das vítimas e das suas associações, que sentem que as promessas feitas após a divulgação do relatório da Comissão Independente não estão a ser cumpridas com a celeridade e a seriedade necessárias.
A escolha do local, a Assembleia da República, é simbólica, pretendendo chamar a atenção do poder político para a sua responsabilidade na matéria.
As vítimas acusam as instituições estatais de se manterem passivas perante um problema que exige uma intervenção firme para garantir que a justiça e a reparação sejam efetivadas. A conferência de imprensa que acompanhará o protesto servirá para detalhar as razões da manifestação e para reiterar as exigências de um processo de compensação justo, transparente e que reconheça o sofrimento causado.
A iniciativa representa mais um passo na luta das vítimas por reconhecimento e justiça, pressionando tanto a Igreja como o Estado a assumirem as suas responsabilidades.
Em resumoA convocatória para um protesto pela associação de vítimas de abusos na Igreja evidencia a contínua luta por justiça e reparação. A falta de progresso nas compensações prometidas pela Conferência Episcopal e a percebida inação do poder político são os principais motores desta manifestação, que visa manter a pressão sobre as instituições responsáveis.