Na entrevista, clarificou a natureza do seu recente almoço com André Ventura e a sua posição sobre eventuais coligações governamentais.
Questionado sobre o encontro com o líder do Chega, Gouveia e Melo garantiu que o objetivo foi “esclarecer posições mútuas” e não procurar qualquer entendimento. “Chegámos à conclusão de que não tínhamos interceções”, afirmou, deixando claro que não quer o apoio do Chega e que a sua relação com Ventura é agora apenas de “adversários políticos”. Esta demarcação é central na sua estratégia de se apresentar como uma figura de centro, capaz de dialogar com os principais partidos do arco da governação. “Já votei muitas vezes no PS e no PSD”, revelou, reforçando a sua imagem de moderação.
Sobre a formação de futuros governos, Gouveia e Melo adotou uma postura institucional, afirmando que daria posse a qualquer coligação que permitisse a governação, “fosse à direita, ao centro ou à esquerda”, incluindo um eventual Bloco Central para afastar o Chega do poder.
Esta posição sublinha o seu respeito pelas soluções parlamentares que garantam a estabilidade.
Noutro tema, o almirante considerou “desnecessário” um investimento de 5% do PIB em Defesa, defendendo os 2% como um valor adequado e sublinhando que a capacidade da NATO é “muito superior” à da Rússia, mostrando uma visão pragmática sobre as necessidades das Forças Armadas.














