A data, estrategicamente marcada para uma semana após as eleições autárquicas, surge num contexto em que o nome do antigo secretário-geral António José Seguro ganha força, apesar de algumas resistências internas.
Com a corrida a Belém a intensificar-se, nomeadamente com a oficialização da candidatura de André Ventura, o PS sente a necessidade de unir a esquerda em torno de um nome forte.
O secretário-geral, José Luís Carneiro, já começou a fazer apelos ao voto útil, sugerindo que a fragmentação de votos no campo progressista pode levar a uma segunda volta disputada exclusivamente por candidatos da direita. A candidatura de António José Seguro, que já foi anunciada, parece ser a opção mais provável para receber o apoio formal do partido que liderou.
No entanto, a decisão não é consensual, existindo dentro do PS quem defenda outras soluções ou até a ausência de um apoio formal a qualquer candidato na primeira volta.
A escolha da data de 19 de outubro permite ao partido concentrar-se totalmente na campanha para as autárquicas, um teste importante à liderança de Carneiro, e só depois focar-se na estratégia para as presidenciais. A decisão que sair desta Comissão Nacional será crucial para definir o posicionamento do PS e para moldar a dinâmica da campanha eleitoral, onde se espera uma forte polarização entre os principais candidatos.














