O incidente, classificado como uma "provocação extremamente perigosa", levou o governo estónio a ativar o artigo 4.º do Tratado do Atlântico Norte e gerou condenações internacionais veementes.

A incursão dos três caças MiG-31, equipados com mísseis hipersónicos, foi o terceiro ato do género contra um país da União Europeia em poucos dias, segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros português, que condenou veementemente a ação.

A resposta da NATO foi imediata, com caças F-35 italianos a serem mobilizados para intercetar as aeronaves russas. O Presidente francês, Emmanuel Macron, denunciou as "provocações e ações irresponsáveis da Rússia", enquanto o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, saudou a resposta "rápida e decisiva" da Aliança.

Analistas militares portugueses expressaram grande preocupação.

O tenente-general Marco Serronha afirmou que "estamos no limite de uma situação de muito risco", sublinhando que "a Rússia está a levar a cabo múltiplas provocações".

O major-general Agostinho Costa interpretou a ação como "uma mensagem clara".

O governo da Estónia, ao invocar o artigo 4.º, solicitou consultas formais entre os aliados da NATO para discutir a ameaça, um passo que evidencia a gravidade com que o incidente foi encarado em Tallinn e Bruxelas. A chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas, descreveu a incursão como "totalmente inaceitável" e um teste à determinação do Ocidente.