A decisão será formalizada à margem da Assembleia Geral da ONU e representa uma mudança significativa na diplomacia ocidental face ao conflito israelo-palestiniano.
A informação, avançada inicialmente pelo Palácio do Eliseu e confirmada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros português, surge num momento de escalada da violência em Gaza, com Israel a anunciar a intenção de atacar a cidade com uma "força sem precedentes" e a fuga de centenas de milhares de palestinianos para sul. O analista Tiago André Lopes elogiou a "coragem" do ministro Paulo Rangel por esta mudança de posição, sublinhando que, com esta ação, "passamos a ter mais de 80% da Assembleia da ONU a reconhecer o estado da Palestina".
A decisão coletiva, que envolve também Andorra, Austrália, Bélgica, Luxemburgo, Malta e São Marino, visa aumentar a pressão diplomática para uma solução de dois Estados e responder à crise humanitária.
O debate sobre o reconhecimento do Estado palestiniano em Portugal arrasta-se há quase 15 anos, mas até agora nenhum executivo tinha dado o passo formal, apesar de várias resoluções parlamentares nesse sentido.









