As suas palavras são interpretadas como um apoio indireto a Luís Marques Mendes e uma crítica a candidatos como Henrique Gouveia e Melo e André Ventura.
No artigo, publicado no jornal Expresso, Cavaco Silva não menciona nomes, mas traça um perfil que valoriza o conhecimento do funcionamento das instituições, a sobriedade e a capacidade de não alimentar intrigas políticas, requisitos que parecem excluir os candidatos vistos como "antissistema". A reação de Henrique Gouveia e Melo não tardou, afirmando com ironia que Cavaco "não teve coragem" de apoiar diretamente Marques Mendes e que, pela descrição, "parecia que estava a apoiar [António José] Seguro". Analistas políticos e comentadores, como Maria Castello Branco, notam que "a corrida presidencial, a partir da entrada de Gouveia e Melo, começou a ser pautada por quem vem mais de fora dos partidos". A intervenção de Cavaco é, assim, vista como uma tentativa de influenciar o eleitorado do centro-direita e de enquadrar o debate em torno da oposição entre candidatos do sistema e antissistema, num momento em que a paisagem política para 2026 começa a definir-se.














