A oposição acusa o autarca de fugir ao escrutínio e de confundir politização com a prestação de esclarecimentos necessários.

A controvérsia intensificou-se depois de ter sido revelado que o elevador sofreu dois acidentes antes do descarrilamento fatal que vitimou 16 pessoas.

Perante estes novos factos, a oposição em bloco (PS, Livre, BE e Cidadãos por Lisboa) requereu uma reunião extraordinária para obter esclarecimentos.

Carlos Moedas, no entanto, agendou a sessão para 13 de outubro, um dia após o ato eleitoral, justificando a decisão com a intenção de "não partidarizar" a tragédia.

A medida foi duramente criticada.

A candidata do PS, Alexandra Leitão, afirmou que Moedas evoca "o argumento da politização para se furtar a prestar esclarecimentos" sobre factos "gravíssimos". Também Pedro Santana Lopes, autarca da Figueira da Foz, considerou que o presidente da Câmara de Lisboa quer "adiar um problema", acrescentando que "é melhor enfrentar a situação se não há nada a temer".

A decisão de Moedas coloca assim a gestão da segurança dos transportes públicos e a transparência municipal no centro do debate eleitoral na capital.