O primeiro-ministro, Luís Montenegro, defendeu a medida no Parlamento, considerando que esta pode contribuir para a estabilidade no Médio Oriente e para a minimização dos conflitos na região, ao mesmo tempo que reiterou o respeito por Israel como “um país amigo”.

A decisão, no entanto, não foi consensual.

O presidente do Chega, André Ventura, criticou duramente o Governo, acusando-o de ter tomado a decisão com base em “duas ou três sondagens” e classificando-a como “um tiro no pé da direita portuguesa”. A questão palestiniana foi também um tema proeminente na Assembleia Geral da ONU, onde o Japão criticou a ofensiva israelita e admitiu a possibilidade de um futuro reconhecimento. A nível internacional, o Presidente dos EUA, Donald Trump, revelou a líderes de países árabes e muçulmanos um plano de 21 pontos para a paz, que incluiria a criação de uma autoridade árabe para controlar Gaza e o compromisso de impedir a anexação da Cisjordânia por Israel. Em Ramallah, manifestantes celebraram os reconhecimentos europeus exibindo bandeiras dos países ocidentais, num sinal de esperança para a causa palestiniana.