Nos últimos dias, foram registadas múltiplas incursões de drones, com particular incidência na Dinamarca, onde o espaço aéreo de vários aeroportos foi encerrado por noites consecutivas. Na Alemanha, as autoridades de Schleswig-Holstein reforçaram os seus sistemas de defesa anti-drone, suspeitando de atividades de espionagem.
Estes incidentes seguem-se a violações do espaço aéreo de membros da NATO, como a Polónia e a Estónia, por aeronaves russas. Em resposta, dez Estados-membros da UE decidiram avançar com um sistema comum de defesa aérea para detetar e intercetar drones, uma iniciativa considerada "prioritária" por Bruxelas.
A tensão é palpável, com os países da NATO a afirmarem que estão preparados para abater aeronaves russas que violem o seu espaço aéreo, uma ação que a Rússia já advertiu que consideraria um ato de guerra. O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, também avisou que abaterá drones provenientes da Hungria se as incursões persistirem.
A natureza coordenada destes eventos sugere uma nova frente de ameaças híbridas, pressionando a Europa a acelerar a sua capacidade de resposta a esta tecnologia.














