As promessas e justificações do executivo foram recebidas com forte ceticismo e críticas por parte dos partidos da oposição.

Durante uma ação de pré-campanha autárquica, Montenegro prometeu que o Orçamento do Estado para 2026 incluirá um novo aumento do Complemento Solidário para Idosos (CSI). Adicionalmente, acenou com a possibilidade de um suplemento extraordinário para as pensões mais baixas a meio do ano, caso exista “folga orçamental”.

No que toca à habitação, o primeiro-ministro defendeu as recentes medidas, incluindo o conceito de “renda moderada” até 2.300 euros, que gerou polémica.

Montenegro admitiu que o valor “é mesmo muito dinheiro”, mas justificou a medida como uma forma de criar “igualdade de oportunidades” em todo o território. Estas propostas foram duramente criticadas pelo secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, que acusou o Governo de apresentar medidas que irão “provocar uma subida em espiral” das rendas, e pelo PCP, que questionou “em que país vive” quem considera tal valor como moderado.

Relativamente ao caso Spinumviva, Montenegro negou qualquer responsabilidade nos atrasos da investigação e insinuou que os pedidos de esclarecimento do Ministério Público coincidiram com períodos de campanha eleitoral, pedindo “rigor” aos jornalistas.