A Rússia lançou um dos maiores ataques aéreos contra a Ucrânia desde o início da guerra, utilizando centenas de drones e dezenas de mísseis que atingiram várias cidades, incluindo a capital, Kiev, causando mortos e feridos entre a população civil. O ataque, que se prolongou por mais de 12 horas durante a madrugada de domingo, foi descrito pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, como um ato de "terror deliberado". Segundo as autoridades ucranianas, foram lançados cerca de 500 drones e mais de 40 mísseis. Em Kiev, os ataques a áreas residenciais resultaram em pelo menos quatro mortos, incluindo uma menina de 12 anos, e dezenas de feridos.
O Ministério da Defesa russo, por sua vez, afirmou que os alvos eram instalações do "complexo militar-industrial da Ucrânia" e infraestruturas de aeródromos militares, negando ter atacado civis.
No entanto, José Milhazes, comentador, classifica esta negação como "mentira", face às evidências de destruição em zonas residenciais.
A ofensiva abrangeu múltiplas regiões, como Zaporíjia, Sumi e Odessa.
A cidade russa de Belgorod também ficou sem eletricidade após ataques ucranianos a infraestruturas energéticas.
A escalada do conflito levou a Polónia a encerrar preventivamente o seu espaço aéreo sobre duas cidades do sudeste, citando "atividade militar não planeada relacionada com a segurança do Estado", e a fazer descolar as suas aeronaves para garantir a segurança do espaço aéreo nacional.
Em resumoA recente ofensiva russa sobre a Ucrânia representa uma escalada significativa, com um ataque massivo que visou várias cidades e resultou em vítimas civis. Enquanto a Ucrânia acusa a Rússia de terrorismo, Moscovo alega ter atingido apenas alvos militares, num contexto de intensificação da guerra que já provoca reações de países vizinhos como a Polónia.