A proposta, que inclui um cessar-fogo imediato e a libertação de reféns, gerou reações a nível global, incluindo do Papa Leão XIV, que apelou à sua aceitação. O plano de 21 pontos, anunciado após conversações na Casa Branca, estabelece um ultimato ao Hamas, que segundo Trump tem "três ou quatro dias" para aceitar a proposta, caso contrário enfrentará "um fim muito triste".

O grupo palestiniano, por sua vez, comunicou que está a analisar o documento "de boa-fé", embora analistas como Manuel Serrano considerem "muito difícil" que o recusem, por estarem "entre a espada e a parede". A proposta prevê a desmilitarização total do Hamas, que ficaria excluído da governação de Gaza, e a criação de uma força internacional de estabilização. No entanto, o plano tem sido criticado por não referir claramente a solução de dois Estados, um ponto que o comentador Jorge Silva Carvalho destaca como uma ausência significativa. Benjamin Netanyahu, que segundo analistas como Jorge Silva Carvalho viu a sua posição reforçada por este "ato diplomático", negou publicamente ter concordado com a criação de um Estado palestiniano, afirmando que as Forças de Defesa de Israel (IDF) permanecerão na maior parte do território.

O Governo palestiniano, liderado por Mohamed Mustafá, declarou-se pronto para assumir responsabilidades em Gaza e na Cisjordânia, sem contudo mencionar o desarmamento do Hamas.

O Papa Leão XIV classificou a proposta como "realista" e a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, saudou a iniciativa, afirmando que a UE está pronta a contribuir.